domingo, 17 de fevereiro de 2008

sem título n°8

"If I should stumble on my moment in time, how will I know?
If the story's written on my face, does it show?
Am I strong enough to walk on water? Smart enough to come in out of the rain?
Or am I a fool, goin' where the wind blows?"
(Mr. Big - Going Where The Wind Blows)


Não sei responder às perguntas.
As coisas giram muito rápido dentro da minha cabeça. Não sei mais o que eu penso. Meu comportamento é absurdamente variável. Eu não sei mais quem eu sou, diante do que eu era. Eu não sei sequer o propósito pelo qual eu tô escrevendo isso aqui agora. Só sei que era melhor escrever aqui do que escrever pra dentro (mais uma vez)

Mudei, fato. Não sei se pra melhor ou pra pior, mas mudei. Ninguém vai sentir essa mudança mais do que eu mesmo, mas não importa. Ainda bem que essa mudança não afeta uma das coisas que eu mais prezo em mim mesmo: minha "caretisse". Quanto mais as coisas acontecem, mais eu me pergunto "o que é que tá de errado em ser certo?".

Alguma vez vocês (sei lá se alguém lê isso, mas tá) já sentiram "vergonha" ou "pena" por ações alheias? Seja por uma coisa que você presenciou, ou seja por um acontecimento que você ficou sabendo, ou saber de um(uns) "podre(s)" do passado de alguém...

É ruim demais sentir isso. Sentir que, por mais que você faça alguma coisa, você nunca vai poder fazer nada pela pessoa. No muito, fazer algo momentâneo que daí a pouco termina.

Você vê uma pessoa querida falando merda sem poder corrigi-lo, ou vê uma pessoa que você não gosta, influenciando inconscientemente alguém que você ama, ou vê um amigo seu sofrendo por uma pessoa que não o merece. É um sentimento de impotência que dá, que chega a corroer por dentro. Vontade de jogar tudo pro alto e sair correndo, sei lá.

E quando esse sentimento é contínuo, e acaba se misturando com o dia-a-dia absolutamente incerto? Putz! Aquela sensação diária de que o tempo vai passar, e nada vai dar certo. Nada vai sair do lugar. Entra dia, sai dia, e nada muda. Cheio de expectativas em todos os campos da minha vida, que nunca se concretizam positivamente. Sempre dá uma merda pra me jogar pro buraco, e eu ter que recomeçar de onde eu parei. Onde tudo vai parar? Onde EU vou parar? No hospício, com certeza.

Não é à tôa que eu já tô praticamente careca, e os cabelos que ainda me restam estão começando a ficar branco. 21 anos de idade e a sensação de não ter contribuído em nada, pra ninguém. Daí vooolta a vontade de jogar tudo pro alto e sair correndo. Já que eu não posso ajudar, pelo menos não atrapalho.

"Give me love for the rest of my life
Give me hope for the rest of my days
I’m tired of watching the world slip away
There’s one thing you must understand
When there’s no forgiveness then nobody wins in the end"
(Nelson - Nobody Wins In The End)

E é usando a filosofia do "Se não pode ajudar, não atrapalhe", que eu costumo ficar sempre muito calado, sempre muito na minha, sempre muito "tá de boa". Já que eu não posso ajudar, e já que ninguém pode me ajudar muito (porque isso tudo é coisa da minha cabeça), eu prefiro ficar na minha. Não atrapalho ninguém.

Mas ainda sim... me diz porque eu sempre sinto uma coisa que eu não sei descrever, quando eu cismo de tretar com a minha cabeça? Pô... ela faz parte de mim, então deveria estar do meu lado, e não contra mim. Sério, não sou eu quem boto ela contra mim... muito pelo contrário!

Pra terminar... esse tal do dia 17 de fevereiro de qualquer ano é amaldiçoado pra cacete, já num é de hoje...
E esse 2008 até agora eim? Cheirando a bosta de cavalo. Primeiro semestre do ano... tsc tsc tsc... não gosto MESMO dele (espero, do fundo do meu coração, que seja culpa dele, de fato).

Esses são apenas alguns fragmentos das infinitas coisas que rodeiam, ao mesmo tempo, minha cabeça a 1000km/h, todo dia, toda hora, em todo lugar, não importa o que eu esteja fazendo, não importa com quem eu esteja, não importa onde eu esteja...
Ninguém vai entender nada... mas esse é exatamente o propósito desses posts! Adotei a postura do "Meu blog, meu psicólogo", lembra?

Uff... um dia ainda hei de postar nesse blog sem medo das conseqüências.

Antes postar aqui, do que tomar remédio tarja preta.


... and isn't it ironic ... don't you think?



(essa minha playlist fedazunha ainda me mata assim :T )

2 comentários:

Gabriella disse...

Uma pergunta sobre as tags: agora "primeiro semestre" vai estar nos posts durante o primeiro semestre, ou somente nos posts que mencionam que o primeiro semestre é ruim? :P

Rapha, Rapha...
Eu realmente sei como você tá sentindo.

Ou não, que hoje em dia eu não sei de mais nada, mesmo...

Matheus Sá Motta disse...

AH VEIH VIRA UM ZANGÃO E SAI VOANDO !