segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Ironias Do Destino - Parte II

Um textinho bacana que eu fiz baseando nas letras d'O Teatro Mágico, e achei que seria legal se eu "eternizasse" ele aqui no blog. Então lá vai:


Por muito tempo eu me perguntei se a sorte viria num realejo trazendo o pão da manhã, a faca e o queijo. Tava faltando graça e tava sobrando espaço, saudade e saudação. Sobrava tanta falta. Concordo em lembrar que muitas vezes, assim como veio acabou, e quando eu pensava em você, chorava café e você chorava leite. Agora, a cena repetiu, a cena se inverteu, enchendo a minh'alma d'aquilo que outrora eu deixei de acreditar. Já que tinha uma parte que não tinha, a gente acabou juntando tudo numa coisa só! De quebra, eu quis você inteira e minha metade de volta. E consegui! Agora você é meu café em pó solúvel. Que o teu afeto me afetou, é fato... agora faça-me o favor de descansar teus braços em mim, deixar a onda levar todo esboço de idéia de fim e definir comigo o traçado do nosso sentido. O que me chateia é que com certeza tem gente nesse mundo que não sabe o significado de Passado. Passado é o mesmo que retrovisor: Só nos mostra o que ficou, o que partiu, o que agora só ficou no pensamento. Deixa explícito que se vamos pra frente, coisas ficam para trás... coisas ou pessoas. No caso das pessoas é justificável: A gente nunca sabe de quem vai gostar. Quem já conseguiu dominar o amor? Eu, pelo menos, nunca consegui. Não é à tôa que eu não canso de acreditar na afinidade. Afinidade acontece entre seres humanos. a mesma frase dita ao mesmo tempo (o que acontece com uma certa freqüência, no nosso caso), o diálogo mudo dos olhares e a certeza das semelhanças entre o que se canta e o que se escreve. E é por acreditar na afinidade, que enquanto houver você do outro lado, aqui do outro eu consigo me orientar, e ter tanta certeza de que só enquanto eu respirar, vou me lembrar de você.





Uma boa noite pra todos!

:D